Consultor de empresas com cerca 30 anos de experiência em pesquisa de mercado e opinião pública, Luiz Felipe Gabriel diz que IBOPE revolucionou segmento com tecnologia e credibilidade
O encerramento das atividades do Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística, ou IBOPE, no ano passado, representa o fim de um ciclo de confiança e credibilidade alcançados em quase 80 de história. A maior empresa do Brasil na área de pesquisas de audiência de TV, o Instituto anunciou o fim de suas operações em janeiro de 2021 após finalizar o processo de venda ao grupo Kantar, que desde 2015 já controlava a Kantar Ibope Media.
O consultor de empresas e CEO do Instituto Verus, Luiz Felipe Gabriel, explica que o IBOPE ganhou notoriedade na área de aferição de audiências de programas de televisão ainda na década de 70. “Durante muito tempo as pesquisas de audiência eram feitas por meio dos chamados “caderninhos do IBOPE” com famílias selecionadas em todo o Brasil, principalmente nas capitais. E essas pessoas anotavam em cadernos quais programas assistiam em determinados horários do dia”, recorda.
Segundo Luiz Felipe, o método de se preencher por etapas os registros da audiência era baseado num processo muito susceptível a falhas. Isso durou até o final dos anos 90, quando o IBOPE conseguiu expandir a tecnologia do audímetro, instalado nos lares, acoplado ao aparelho de TV, permitindo a medição da audiência minuto a minuto com absoluta confiabilidade.
Especialista em Marketing com cerca de 30 anos de atuação no segmento de pesquisas de mercado e de opinião, o CEO do Instituto Verus ressalta que o encerramento das atividades do IBOPE representa o encerramento de um ciclo de pioneirismo e credibilidade, sendo o responsável pela difusão da atividade de pesquisa de opinião no Brasil. “O IBOPE se tornou sinônimo de audiência e os dados levantados se tornaram uma referência fundamental para o mercado”, explica.
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